quarta-feira, 13 de outubro de 2010
O selo do amor: O BEIJO
O selo do amor: O beijo
Expressamos amor as pessoas de diferentes formas: Um abraço apertado, um olhar encantador, com as mãos, com as palavras e as belas frases românticas.
Mas, o antigo e melhor jeito de demonstrar amor á alguém é com um beijo.
Seja beijo da mãe á um filho, no rosto entre amigos, na mãos como forma de cortezia,ou seja como um beijo apaixonado de um coração louco e feliz!!
De qualquer forma demonstra amor ás pessoas é essencial e hoje vou contar um pouco da história do beijo.
Na Grécia antiga o beijo na boca era uma forma comum de expressar carinho entra pais e filhos, como ainda ocorre hoje em algumas famílias americanas.
Nos casamentos escocesses depois da cerimônia era o padre quem beijava a noiva como forma de abençoar a união do casal, detalhe: o padre beijava a noiva no boca!
Um beijo movimenta 29 músculos: 12 dos lábios e 17 da língua.As pulsações cardíacas durante o beijo saltam de 70 para 140 por minuto. Com um único beijo uma pessoa pode queimar de 3 12 calorias, dependendo da intensidade.
Pena que atualmente o hábito de “ficar” entre a maioria fez com que o beijo perdesse um pouco daquele caráter mágico e romântico.
Cântico dos cânticos, Bíblia descreve-se o beijo:
Teus lábios, minha noiva, destilam néctar, em tua língua há mel e leite.
Tuas vestes têm a fragância do Líbano.
Especial: FLORBELA ESPANCA
Especial – Florbela Espanca
VULCÕES - Florbela Espanca
Tudo é frio e gelado. O gume dum punhal
Não tem a lividez sinistra da montanha
Quando a noite a inunda dum manto sem igual
De neve branca e fria onde o luar se banha.
No entanto que fogo, que lavas, a montanha
Oculta no seu seio de lividez fatal!
Tudo é quente lá dentro... e que paixão tamanha
A fria neve envolve em seu vestido ideal!
No gelo da indiferença ocultam-se as paixões
Como no gelo frio do cume da montanha
Se oculta a lava quente do seio dos vulcões...
Assim quando eu te falo alegre, friamente,
Sem um tremor de voz, mal sabes tu que estranha
Paixão palpita e ruge em mim doida e fremente!
PAISAGEM – Florbela Espanca
Uns bezerritos bebem lentamente
Na tranqüila levada do moinho.
Perpassa nos seus olhos, vagamente,
A sombra duma alma cor do linho!
Junto deles um par. Naturalmente
Namorados ou noivos. De mansinho
Soltam frases d´amor...e docemente
Uma criança canta no caminho!
Um trecho de paisagem campesina,
Uma tela suave, pequenina,
Um pedaço de terra sem igual!
Oh, abre-me em teu seio a sepultura,
Minha terra d´amor e de ventura,
Ó meu amado e lindo Portugal!
EU... – Florbela Espanca
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada ... a dolorida ...
Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...
Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber por quê...
Sou talvez a visão que alguém sonhou.
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!
NOITE DE SAUDADE – Florbela Espanca
A noite vem pousando devagar
Sobre a terra que inunda de amargura...
E nem sequer a bênção do luar
A quis tornar divinamente pura...
Ninguém vem atrás dela a acompanhar
A sua dor que é cheia de tortura...
E eu ouço a noite a soluçar!
E eu ouço soluçar a noite escura!
Por que é assim tão ´scura, assim tão triste?!
É que, talvez, ó noite, em ti existe
Uma saudade igual à que eu contenho!
Saudade que eu nem sei donde me vem...
Talvez de ti, ó noite!... Ou de ninguém!...
Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!
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